Como e Quando Fazer Estoque de Segurança

Quais São As Desvantagens Do Estoque De Segurança?

Mesmo sendo uma medida vantajosa, esse tipo de estoque também apresenta alguns pontos negativos. Um deles é o aumento de custos operacionais, com a compra de produtos e insumos e com o armazenamento extra de itens, o que pode afetar negativamente empresas com margem de lucro menores e com pouco dinheiro para investimentos. 

Outra desvantagem é a possibilidade dos produtos vencerem com o tempo ou mesmo ficarem obsoletos em razão das preferências do mercado ou de mudanças de tecnologia, resultando em perdas financeiras relevantes. 

Qual A Diferença Entre Estoque Mínimo E De Segurança?

Embora sejam conceitos relacionados, estoque mínimo e estoque de segurança possuem diferenças significativas na gestão de estoque. 

O estoque mínimo é o nível mais baixo de estoque que uma empresa precisa para atender aos pedidos de reposição, sendo calculado a partir do consumo médio de produtos em um período específico e do tempo de entrega esperado dos fornecedores. 

O objetivo é evitar que os níveis de estoque zerem antes que de novo pedido, assegurando a continuidade das operações. Já o estoque de segurança está relacionado com um volume adicional de estoque, superior ao estoque mínimo. 

Como Calcular Estoque De Segurança?

Para calcular esse tipo de estoque, você precisará usar a seguinte fórmula. 

Estoque de Segurança = Média de Vendas Diárias x Tempo de Reposição (em dias).

Para ficar mais claro, vamos usar um exemplo:

Suponhamos que a sua loja de calçados tenha uma média diária de vendas de 200 peças, sendo que o tempo médio para repor o estoque é de 20 dias corridos. Portanto, o cálculo seria:

Estoque de Segurança = 200 peças por dia x 20 dias = 4000 peças.

Isso significa que sua loja deve manter sempre um estoque acima de 4000 peças, pois essa é a quantidade mínima segura a ser mantida. 

Quais Os Fatores Importantes Para Considerar Ao Fazer O Cálculo?

Na hora de calcular o estoque de segurança, é importante considerar os seguintes aspectos:

• Nível de Serviço Desejado: defina o nível de serviço que deseja oferecer ao cliente, já que esse fator impacta diretamente no cálculo do estoque de segurança.
• Variação da Demanda: compreenda o histórico de vendas para conhecer as variações de pedidos e as flutuações nas vendas ou consumo de produtos.
• Lead Time do Fornecedor: calcule o tempo médio para a entrega de um pedido, considerando os prazos de entrega dos fornecedores e outros fatores.
• Demanda do Produto: compreenda qual é a procura pelo item por meio de relatório de vendas, considerando, inclusive, a sazonalidade.

Qual O Estoque De Segurança Ideal?

Esse tipo de estoque ideal pode variar conforme o perfil de cada empresa, mercado de atuação e produto comercializado. Por isso, recomenda-se analisar as variações da demanda, o tempo de entrega do fornecedor, a disponibilidade de produtos, etc. 

Lembre-se que esse tipo de estoque é ideal será sempre aquele que esteja alinhado com as estratégias do seu negócio e com o orçamento disponível para a manutenção de um volume adicional de itens. 

Quando Fazer Um Estoque Mínimo De Segurança?

O estoque de segurança deve ser mantido em diferentes cenários, principalmente, quando existe a possibilidade de interrupção de entregas. Entre essas situações podemos citar greves, instabilidade econômica e política, alta demanda do mercado. 

Porém, antes de definir o momento certo de adotar essa prática, o ideal é sempre analisar a complexidade da cadeia de suprimentos, os custos extras com a compra de produtos adicionais e os riscos envolvidos. 

Quais São Os Desafios Para Fazer Um Estoque De Segurança?

Adotar um estoque de segurança na sua empresa pode ter alguns desafios, como a necessidade de previsão de demanda futura, que tem influência de fatores sazonais, tendências de mercado e eventos imprevistos. 

Outro desafio está relacionado ao gerenciamento do estoque, que precisa ter equilíbrio para atender a variações na demanda e evitar excesso de estoque que pode se tornar obsoleto. 

As empresas também têm o desafio de lidar com a incerteza na cadeia de suprimentos no que se refere a fornecedores de confiança e variações nos prazos de entrega, além da falta de sistemas que facilitem a gestão do estoque.